terça-feira, 25 de junho de 2013

Cansei de falar de amor

Paz galera, tudo bem? Antes de lerem, quero convidá-los a olhar para o texto não como uma crítica, nem como protesto, mas olhá-lo como um estalo para si mesmos (assim como tem sido para mim). Como se fosse uma reunião de trabalho em que alguém resume um longo discurso em meia dúzia de palavras e todos começam a agir. Entenderam? Beleza. Acompanhem aí.

Falamos tanto sobre o amor, esmerando exaustivamente o assunto, que fica até difícil identificar expressões genuínas, não baseadas na troca de interesses, em nossos dias atuais, não acham?
Enquanto ficava pensando nisso, me lembrei das aulas de Economia na faculdade, sobre o Ponto de Equilíbrio (mais conhecido como Lei da Oferta e Demanda), em que cálculos eram feitos para responder a seguinte pergunta: Qual o preço devo estipular para determinado bem ou produto, considerando a demanda (público que o consumirá) e a oferta (capacidade da organização de produzi-lo e oferecê-lo)?
Continuamente, mesmo sem perceberem, pessoas estão usando a Lei da Oferta e Demanda para medir o amor, por isso ele está tão escasso, pois há muita demanda e pouca oferta. E adotando essa lógica é até “justificável” (sim, entre aspas mesmo) a falta de amor no mundo. Amor com certeza não é um produto, embora esteja sendo tratado como um, pois muitos estão estipulando preço para concedê-lo, preço que se revela na troca de interesses.
O bem que Cristo mais distribuiu sem reservas desde quando esteve aqui, hoje em dia é oferecido sob o estabelecimento de condições, de termos. Ou a minha maquininha de analisar a vida está com algum defeitinho, ou vocês hão de concordar comigo que realmente há algo de muito errado com as pessoas no mundo. Em quase todas as relações humanas de possível “amor incondicional” que conhecemos há uma interferência dos interesses pessoais. Não vou dar exemplos porque acredito que você já os tenha imaginado.
Então voltando à pergunta do início, como identificar expressões genuínas de amor, não baseadas na troca, em nossos dias atuais? Aí é que está o segredo! Não há em todo o mundo uma relação padrão de amor incondicional que sirva como exemplo para aplicação em nossas vidas. E antes que você me diga “Nossa, Fábio, que insensível você, dizer isso na semana do Dia das Mães”, quero deixar claro que reconheço o amor de mãe como o mais próximo do amor de Deus por nós, mas não há um meio de amar alguém plenamente se não for através de Cristo, principalmente quando tratamos de desconhecidos.
Vivemos em uma sociedade que não sabe identificar o verdadeiro amor porque já transferiu o real significado do amor às palavras ou ações que as agradem. Se não as agradam, automaticamente as pessoas imaginam que não merecem o amor delas. O que é mais fácil? Desistir de uma pessoa por causa das diferenças ou amá-la a ponto de desejar convencê-la que o relacionamento é mais valioso? Infelizmente, o que temos visto são pessoas achando muito mais cômodo e fácil, desistir, afastar, isolar, abandonar.
Sei que você está lendo muitas vezes a palavra amor, mas acredite, é proposital, porque o amor precisa algo comum em nossa rotina. Eu disse “comum” de algo incorporado à nossa natureza e não de algo banal. O Ap. Luiz Hermínio certa vez citou a importância do amor:
                "Inteligência sem amor, nos torna perversos. Justiça sem amor nos torna implacável. Diplomacia sem amor, nos torna hipócritas. Êxito sem amor, nos torna arrogantes. Riqueza sem amor, nos torna avarentos. Pobreza sem amor, nos torna orgulhosos. Trabalho sem amor, nos torna escravos. Beleza sem amor, nos torna fúteis. Simplicidade sem amor, nos deprecia. Lei sem amor nos oprime. Fé sem amor, nos torna fanáticos. Cruz sem amor, nos torna religiosos. Resumindo, não faça nada sem amor,não viva sem amor!"

Queridos, pode até parecer fantasioso, mas o que Cristo deseja para seus filhos como motivador de qualquer atitude é o amor. Não espere sentir amor para praticá-lo. Comece praticando-o desde as pequenas coisas para que ele se torne grande em você. Claro, sempre aplicando-o sob o olhar de Jesus, olhar que Ele deseja colocar em nós para que isso se torne aplicável. Tangível. Real.
Lembre-se, o pilar motivador do plano da salvação foi o amor de Deus por nós (João 3:16).
Deus os abençoe grandemente!

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