Paz galera, tudo bem? Antes de lerem, quero convidá-los a olhar para o
texto não como uma crítica, nem como protesto, mas olhá-lo como um
estalo para si mesmos (assim como tem sido para mim). Como se fosse uma
reunião de trabalho em que alguém resume um longo discurso em meia dúzia
de palavras e todos começam a agir. Entenderam? Beleza. Acompanhem aí.
Falamos tanto sobre o amor, esmerando
exaustivamente o assunto, que fica até difícil identificar expressões genuínas,
não baseadas na troca de interesses, em nossos dias atuais, não acham?
Enquanto ficava pensando nisso, me
lembrei das aulas de Economia na faculdade, sobre o Ponto de Equilíbrio (mais
conhecido como Lei da Oferta e Demanda), em que cálculos eram feitos para responder
a seguinte pergunta: Qual o preço devo estipular para determinado bem ou
produto, considerando a demanda (público que o consumirá) e a oferta
(capacidade da organização de produzi-lo e oferecê-lo)?
Continuamente, mesmo sem
perceberem, pessoas estão usando a Lei da Oferta e Demanda para medir o amor, por
isso ele está tão escasso, pois há muita demanda e pouca oferta. E adotando
essa lógica é até “justificável” (sim, entre aspas mesmo) a falta de amor no
mundo. Amor com certeza não é um produto, embora esteja sendo tratado como um,
pois muitos estão estipulando preço para concedê-lo, preço que se revela na troca
de interesses.
O bem que Cristo mais distribuiu
sem reservas desde quando esteve aqui, hoje em dia é oferecido sob o
estabelecimento de condições, de termos. Ou a minha maquininha de analisar a
vida está com algum defeitinho, ou vocês hão de concordar comigo que realmente
há algo de muito errado com as pessoas no mundo. Em quase todas as relações
humanas de possível “amor incondicional” que conhecemos há uma interferência
dos interesses pessoais. Não vou dar exemplos porque acredito que você já os
tenha imaginado.
Então voltando à pergunta do início,
como identificar expressões genuínas de amor, não baseadas na troca, em nossos
dias atuais? Aí é que está o segredo! Não há em todo o mundo uma relação padrão
de amor incondicional que sirva como exemplo para aplicação em nossas vidas. E
antes que você me diga “Nossa, Fábio, que insensível você, dizer isso na semana
do Dia das Mães”, quero deixar claro que reconheço o amor de mãe como o mais
próximo do amor de Deus por nós, mas não há um meio de amar alguém plenamente
se não for através de Cristo, principalmente quando tratamos de desconhecidos.
Vivemos em uma sociedade que não
sabe identificar o verdadeiro amor porque já transferiu o real
significado do
amor às palavras ou ações que as agradem. Se não as agradam,
automaticamente as
pessoas imaginam que não merecem o amor delas. O que é mais fácil?
Desistir de
uma pessoa por causa das diferenças ou amá-la a ponto de desejar
convencê-la que o relacionamento é mais valioso? Infelizmente, o que
temos visto são
pessoas achando muito mais cômodo e fácil, desistir, afastar,
isolar, abandonar.
Sei que você está lendo muitas
vezes a palavra amor, mas acredite, é proposital, porque o amor precisa algo
comum em nossa rotina. Eu disse “comum” de algo incorporado à nossa natureza e
não de algo banal. O Ap. Luiz Hermínio certa vez citou a importância do amor:
"Inteligência
sem amor, nos torna perversos. Justiça sem amor nos torna implacável.
Diplomacia sem amor, nos torna hipócritas. Êxito sem amor, nos torna
arrogantes. Riqueza sem amor, nos torna avarentos. Pobreza sem amor, nos torna
orgulhosos. Trabalho sem amor, nos torna escravos. Beleza sem amor, nos torna
fúteis. Simplicidade sem amor, nos deprecia. Lei sem amor nos oprime. Fé sem
amor, nos torna fanáticos. Cruz sem amor, nos torna religiosos. Resumindo, não
faça nada sem amor,não viva sem amor!"
Queridos, pode até parecer fantasioso,
mas o que Cristo deseja para seus filhos como motivador de qualquer atitude é o
amor. Não espere sentir amor para praticá-lo. Comece praticando-o desde as pequenas
coisas para que ele se torne grande em você. Claro, sempre aplicando-o sob o
olhar de Jesus, olhar que Ele deseja colocar em nós para que isso se torne aplicável. Tangível. Real.
Lembre-se, o pilar motivador do plano da salvação foi o amor
de Deus por nós (João 3:16).
Deus os abençoe grandemente!
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