Foi num domingo a noite, no horário do culto, que um velho mendigo postou-se à porta da igreja, maltrapilho e fedido.
As pessoas iam se desviavam dele. Não lhe davam nada nem o convidavam para entrar.
Por fim, um dos
porteiros o assentou na última fileira. E lá ele ficou sozinho, pois
ninguém mais quis sentar-se naquele banco da igreja.

Após o período dos cânticos, um dos oficiais da igreja tomou a palavra:
- Irmãos, é chegada a
hora da pregação e o nosso pastor ainda não chegou. Vamos orar, cantar
mais um hino e, depois, pedir a qualquer um dos irmãos que nos traga a
Palavra.
E assim se fez, porém, para surpresa e indignação geral, convidaram o "Véio do Saco".
Mas, as surpresas não
pararam por aí. Ao tomar lugar no púlpito, o mendigo, pegou uma toalha
molhada no saco plástico que trazia às costas, saudou a igreja
corretamente, começou a tirar a roupa suja (que até então estava
escondendo um belo terno) e a limpar a "sujeira" do rosto com a toalha
molhada.
E ali mesmo, diante
daqueles olhos atônitos, o mendigo foi, aos poucos, se transformando,
pois, na verdade, o "Véio do Saco" era o próprio pastor da igreja (que
na sua mocidade tinha sido um excelente ator de teatro amador e
resolvera usar sua arte para repreender a igreja).
- A Bíblia nos ensina
a amar o próximo. A estender a mão para o aflito e o necessitado. Há
meses eu venho ensinando isso para vocês, mas, até hoje, não percebi
nenhuma mudança em suas atitudes. Que mérito há em cumprimentar somente
os amigos? Que valor há em abraçar somente os irmãos? Todos vocês
passaram por mim e nem sequer deram-me um mísero "Boa-noite". Por que?
Por causa das minhas roupas? Do cheiro?
- Não é este
"evangelho" que eu tenho lhes ensinado. O Evangelho que eu anuncio é
poderoso para transformar qualquer pessoa. Eu creio que qualquer mendigo
de rua, pelo poder de Deus, em Cristo Jesus, pode ser transformado no
futuro pastor desta igreja.
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